
Podemos começar pelo óbvio, Paul Haggis, argumentista de Million Dollar Baby, é um nome a observar muito de perto daqui para a frente.
É impressionante pensar que Crash é a sua estreia como realizador. Cheio de pormenores e detalhes recheados de sensibilidade, características que normalmente estão associadas à experiência, este é um filme não para ser visto, mas para ser sentido. Várias histórias de pessoas comuns, servem de fundo para mostrar que na terra das oportunidades uns têm mais oportunidades que outros. Sem querer julgar ou estereotipar os personagens, Crash, aborda o tema do racismo, mostrando que na vida real não há heróis, não há o bem e o mal separadamente representados nesta ou naquela personagem, porque todos temos um pouco de ambos.
O popular género que mistura várias histórias numa só (caso exemplar disso foi o brilhante Magnolia) tem vindo a ser dos mais promissores no cinema actual. Crash não copia fórmulas e utiliza o género como uma mais-valia. Pessoas como nós que se cruzam diariamente e que são vítimas da sua cor de pele, da sua nacionalidade ou das suas crenças.
Diálogos brilhantes, cheios de uma realidade crua, aliados a representações poderosas de Sandra Bullock, Matt Dillon, Don Cheadlle, entre outros.
Este é daqueles filmes que só vendo se percebe a sua magnitude, não há como o tentar explicar.

A minha classificação é de: 9/10Etiquetas: Criticas |
Bem, fico contente pelas sucessivas actualizações do blog ;) quanto ao filme, concordo com o que tu dizes. De facto, o filme é tudo isso e muito mais. Sem duvida, um dos filmes do ano